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A criança burro A criança burro

Escrito por Lindiwe Matshikiza

Ilustrado po Meghan Judge

Traduzido por Priscilla Freitas de Oliveira

Lido por Alfredo Ferreira

Idioma português

Nível Nível 3

Narrar história completa

Velocidade de leitura

Histórias auto-reproduzidas


Foi uma menininha que viu pela primeira vez o misterioso formato a distancia.

Foi uma menininha que viu pela primeira vez o misterioso formato a distancia.


Quando a forma se aproximou, ela viu que era uma mulher “supergrávida”.

Quando a forma se aproximou, ela viu que era uma mulher “supergrávida”.


Tímida mas corajosa, a menininha aproximou-se da mulher. “Precisamos mantê-la conosco,” o povo da menininha decidiu. “Vamos manter ela e o bebê seguros.”

Tímida mas corajosa, a menininha aproximou-se da mulher. “Precisamos mantê-la conosco,” o povo da menininha decidiu. “Vamos manter ela e o bebê seguros.”


O bebê breve estava a caminho. “Empurre!” “Traga cobertas!” “Água!” “Empuuuureeeee!!!”

O bebê breve estava a caminho. “Empurre!” “Traga cobertas!” “Água!” “Empuuuureeeee!!!”


Mas quando eles viram o bebê. Todos pularam para trás em choque. “Um burro?!”

Mas quando eles viram o bebê. Todos pularam para trás em choque. “Um burro?!”


Todo mundo começou a discutir. “Dissemos que iríamos mantê-los seguros, e é que faremos,” disse alguns. “Mas eles vão nos dar azar!” disseram outros.

Todo mundo começou a discutir. “Dissemos que iríamos mantê-los seguros, e é que faremos,” disse alguns. “Mas eles vão nos dar azar!” disseram outros.


E, então, a mulher se encontrou sozinha novamente. Ela se perguntava o que iria fazer com esse bebê estranho. Ela se perguntava o que iria fazer com ela mesma.

E, então, a mulher se encontrou sozinha novamente. Ela se perguntava o que iria fazer com esse bebê estranho. Ela se perguntava o que iria fazer com ela mesma.


Mas, finalmente, teve que aceitar que ele era seu filho e ela era sua mãe.

Mas, finalmente, teve que aceitar que ele era seu filho e ela era sua mãe.


Agora, se a criança tivesse ficado daquele mesmo tamanho, tudo poderia ter sido diferente. Mas a criança burro cresceu e cresceu até que ele não coubesse mais nas costas de sua mãe. E não importa o quanto ele tentasse, nunca se comportaria como um ser humano. Sua mãe frequentemente ficava cansada e frustrada. Algumas vezes, ela fazia ele trabalhar como um animal.

Agora, se a criança tivesse ficado daquele mesmo tamanho, tudo poderia ter sido diferente. Mas a criança burro cresceu e cresceu até que ele não coubesse mais nas costas de sua mãe. E não importa o quanto ele tentasse, nunca se comportaria como um ser humano. Sua mãe frequentemente ficava cansada e frustrada. Algumas vezes, ela fazia ele trabalhar como um animal.


Confusão e raiva se acumulavam dentro do burro. Ele não podia fazer isso e não podia fazer aquilo. Ele não poderia ser como isso e não poderia ser como aquilo. Um dia, ele ficou tão brabo que chutou sua mãe no chão.

Confusão e raiva se acumulavam dentro do burro. Ele não podia fazer isso e não podia fazer aquilo. Ele não poderia ser como isso e não poderia ser como aquilo. Um dia, ele ficou tão brabo que chutou sua mãe no chão.


O burro se encheu de vergonha. Ele correu para tão longe quanto pôde.

O burro se encheu de vergonha. Ele correu para tão longe quanto pôde.


Quando parou de correr, já era noite, e o burro estava perdido. “Ih, óh?” cochichou para a escuridão. “Ih, óh?” ecoou de volta. Ele estava sozinho. Enrolando-se como se fosse uma bola, ele caiu num sono profundo e turbulento.

Quando parou de correr, já era noite, e o burro estava perdido. “Ih, óh?” cochichou para a escuridão. “Ih, óh?” ecoou de volta. Ele estava sozinho. Enrolando-se como se fosse uma bola, ele caiu num sono profundo e turbulento.


O burro acordou e viu um velho homem estranho, encarando-o. Olhou para dentro dos olhos desse velho homem e viu um brilho de esperança.

O burro acordou e viu um velho homem estranho, encarando-o. Olhou para dentro dos olhos desse velho homem e viu um brilho de esperança.


O burro foi morrar com o velho homem, que o ensinou muitas maneiras de sobreviver. O burro escutava e aprendia, e, o mesmo fazia o velho homem. Eles ajudavam um ao outro, e riam juntos.

O burro foi morrar com o velho homem, que o ensinou muitas maneiras de sobreviver. O burro escutava e aprendia, e, o mesmo fazia o velho homem. Eles ajudavam um ao outro, e riam juntos.


Uma manhã, o velho homem pediu que o burro o carregasse para o topo de uma montanha.

Uma manhã, o velho homem pediu que o burro o carregasse para o topo de uma montanha.


Lá no alto, entre as nuvens, eles adormeceram. O burro sonhou que sua mãe estava doente e o chamando. E quando se acordou…

Lá no alto, entre as nuvens, eles adormeceram. O burro sonhou que sua mãe estava doente e o chamando. E quando se acordou…


…as nuvens tinham desaparecido com o seu amigo, o velho homem.

…as nuvens tinham desaparecido com o seu amigo, o velho homem.


Finalmente, o burra sabia o que fazer.

Finalmente, o burra sabia o que fazer.


O burro encontrou sua mãe, sozinha e chorando por seu filho perdido. Eles ficaram olhando um para o outro por muito tempo. E, então, se abraçaram bem forte.

O burro encontrou sua mãe, sozinha e chorando por seu filho perdido. Eles ficaram olhando um para o outro por muito tempo. E, então, se abraçaram bem forte.


O burro criança e sua mãe ficaram mais próximos e encontraram várias maneiras de viver lado a lado. Lentamente, ao seu redor, outras famílias começaram a se entender.

O burro criança e sua mãe ficaram mais próximos e encontraram várias maneiras de viver lado a lado. Lentamente, ao seu redor, outras famílias começaram a se entender.


Escrito por: Lindiwe Matshikiza
Ilustrado po: Meghan Judge
Traduzido por: Priscilla Freitas de Oliveira
Lido por: Alfredo Ferreira
Idioma: português
Nível: Nível 3
Fonte: Donkey Child por African Storybook
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