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A vingança do pássaro-de-mel Kuku nia vingansa A vingança do pássaro-de-mel

Written by Zulu folktale

Illustrated by Wiehan de Jager

Translated by Priscilla Freitas de Oliveira

Read by Alfredo Ferreira

Language Portuguese

Level Level 4

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Esta é a história do Ngede, o pássaro-de-mel, e um jovem ganancioso chamado Gingile. Um dia enquanto Gingile estava caçando, ouviu o chamado de Ngede. A boca do Gingile começou a salivar só de pensar no mel. Ele parou e escutou atentamente, observando até que ele viu o pássaro nos galhos acima de sua cabeça. “Chitik-chitik-chitik,” o passarinho sacudiu-se, voando para próxima árvore e, depois, para outra. “Chitik-chitik-chitik,” ele chamou, parando de vez em quando para ver se Gingile o seguia.

Ne’e istória ida kona-ba Ngede, manu Kuku ida, no mane kaan-teen ida naran Gingile. Loron ida bainhira Gingile sai ba kasa nia rona Ngede ninia lian. Gingile ninia kaben suli hanoin hetan bani-been. Nia para hodi rona didi’ak, buka to’o nia hetan manu ida tuur hela iha ai-sanak iha ninia ulun leten. “Chitik-chitik-chitik,” manu ki’ik ne’e halo lian neneik bainhira nia semo ba ai-hun tuir mai. Chitik-chitik-chitik,” nia bolu, para husi tempu ida ba tempu seluk atu asegura katak Gingile la’o tuir nia.

Esta é a história do Ngede, o pássaro-de-mel, e um jovem ganancioso chamado Gingile. Um dia enquanto Gingile estava caçando, ouviu o chamado de Ngede. A boca do Gingile começou a salivar só de pensar no mel. Ele parou e escutou atentamente, observando até que ele viu o pássaro nos galhos acima de sua cabeça. “Chitik-chitik-chitik,” o passarinho sacudiu-se, voando para próxima árvore e, depois, para outra. “Chitik-chitik-chitik,” ele chamou, parando de vez em quando para ver se Gingile o seguia.


Meia hora depois, chegaram até uma enorme figueira selvagem. Ngede saltou enlouquecido entre os galhos. Ele sentou num galho e inclinou sua cabeça na direção de Gingile como se estivesse dizendo, “Aqui está! Venha agora! Por que está demorando tanto?” Gingile não conseguia ver nenhuma abelha olhando debaixo da árvore, mas confiava em Ngede.

Depois de oras ida ho balun, sira to’o iha ai-figeira boot fuik ida. Ngede haksoit ba mai iha ai-sanak leten. Depois nia tuur iha ai-sanak ida nia leten no hatun nia ulun hodi hateke ba Gingile atu dehan, “Mak ne’e! Mai agora! Saida mak halo o kleur loos?” Gingile labele haree bani sira iha ai-okos,maibé nia fiar ba Ngede.

Meia hora depois, chegaram até uma enorme figueira selvagem. Ngede saltou enlouquecido entre os galhos. Ele sentou num galho e inclinou sua cabeça na direção de Gingile como se estivesse dizendo, “Aqui está! Venha agora! Por que está demorando tanto?” Gingile não conseguia ver nenhuma abelha olhando debaixo da árvore, mas confiava em Ngede.


Então Gingile colocou sua lança de caça embaixo da árvore, recolheu alguns galhos secos e fez uma fogueirinha. Quando o fogo estava queimando bem, colocou uma vara seca e comprida no centro da fogueira. Esta madeira era especialmente conhecida por fazer muita fumaça enquanto queimava. Ele começou a subir, segurando a ponta fria da vara com seus dentes.

Entaun Gingile tau tun ninia dima kasa nian iha ai-okos, tau hamutuk ai-sanak maran sira no sunu ahi ki’ik ida. Bainhira ahi ne’e lakan didi’ak, nia tau ai sanak maran ida ba ahi klaran. Ai ne’e ema koñese katak sei suar barak bainhira ita sunu. Nia komesa sa’e, ho nia ibun nia kaer hela ai-sanak sunu nia rohan ne’ebé malirin.

Então Gingile colocou sua lança de caça embaixo da árvore, recolheu alguns galhos secos e fez uma fogueirinha. Quando o fogo estava queimando bem, colocou uma vara seca e comprida no centro da fogueira. Esta madeira era especialmente conhecida por fazer muita fumaça enquanto queimava. Ele começou a subir, segurando a ponta fria da vara com seus dentes.


Logo ele pode ouvir o zumbido das abelhas ocupadas. Elas estavam entrando e saindo de uma brecha no tronco da árvore – sua colméia. Quando Gingile alcançou a colméia, ele empurrou a ponta enfumaçada da vara na brecha do tronco. As abelhas saíram apressadas, zangadas e malvadas. Elas voaram para longe porque não gostaram da fumaça – mas não antes de darem ferroadas dolorosas em Gingile.

Lakleur nia bele rona bani nia lian maka’as. Sira mai husi ai-kuak ida - bani nia knuuk. Bainhira Gingile to’o iha bani ninia knuuk, nia dudu ai-sanak nia rohan ne’ebé iha suar ba ai-kuak ninia laran. Bani sira semo sai lalais, hirus tebes. Sira semo dook tanba sira la gosta ahi suar - maibémolok sira sai fó pikada balun ba Gingile.

Logo ele pode ouvir o zumbido das abelhas ocupadas. Elas estavam entrando e saindo de uma brecha no tronco da árvore – sua colméia. Quando Gingile alcançou a colméia, ele empurrou a ponta enfumaçada da vara na brecha do tronco. As abelhas saíram apressadas, zangadas e malvadas. Elas voaram para longe porque não gostaram da fumaça – mas não antes de darem ferroadas dolorosas em Gingile.


Quando as abelhas estavam fora da colméia, Gingile empurou suas mãos para dentro do ninho. Pegou punhados pesados do favo, pingando de rico mel e cheio de larvas brancas e gordas. Ele colocou o favo de mel cuidadosamente na bolsa que levava no seu ombro e começou a descer da árvore.

Bainhira bani sira sai tiha ona, Gingile dudu tama ninia liman ba iha bani ninia knuuk. Nia foti sai bani isin lubuk balun, been sulin ho nakonu bani been midar. Nia tau didi’ak bani isin lubuk balun iha ninia kabas no komesa tuun husi ai-hun.

Quando as abelhas estavam fora da colméia, Gingile empurou suas mãos para dentro do ninho. Pegou punhados pesados do favo, pingando de rico mel e cheio de larvas brancas e gordas. Ele colocou o favo de mel cuidadosamente na bolsa que levava no seu ombro e começou a descer da árvore.


Ngede observou tudo o que Gingile estava fazendo. Estava esperando que ele deixasse um pedaço grande de favo de mel como uma oferta de agradecimento para o pássaro-de-mel. Ngede esvoaçou de galho em galho, cada vez mais perto do chão. Finalmente Gingile chegou no pé da árvore. Ngede pousou em uma rocha perto do menino e esperou por sua recompensa.

Ngede haree didi’ak buat hotu ne’ebé Gingile halo hela. Nia hein hela Gingile atu husik hela bani isin balun ba nia hanesan simbolu agradesimentu ba manu Kuku. Ngede semo lalais husi ai-sanak ida ba ai-sanak seluk, besik ba rai-leten. Finalmente Gingile to’o iha ai ninia hun. Ngede tuur iha fatuk ida nia leten besik ba labarik ne’e no hein ba ninia rekompensa.

Ngede observou tudo o que Gingile estava fazendo. Estava esperando que ele deixasse um pedaço grande de favo de mel como uma oferta de agradecimento para o pássaro-de-mel. Ngede esvoaçou de galho em galho, cada vez mais perto do chão. Finalmente Gingile chegou no pé da árvore. Ngede pousou em uma rocha perto do menino e esperou por sua recompensa.


Mas, Gingile apagou o fogo, pegou sua lança e começou a caminhar para casa, ignorando o pássaro. Ngede gritou enfurecido, “VIC-torr! VIC-torrr!” Gingile parou, olhou fixamente para o pássaro e riu alto. “Você quer um pouco de mel, quer, meu amigo? Ah! Mas fiz todo o trabalho e levei todas as ferroadas. Por que dividiria parte desse adorável mel com você?” Então foi embora. Ngede estava furioso! Isso não era maneira de ser tratado. Mas ele se vingaria.

Maibé Gingile huu mate tiha ahi, foti sa’e ninia dima no komesa la’o fila ba uma. Ngede bolu ho hakilar “VIC-torr! VIC-torrr!” Gingile para haree ba manu ki’ik ne’e no hamnasa maka’as.” Ha’u nia belun, o hakarak bani-been balun? Ha! Maibé ha’u mak halo hotu servisu sira ne’e, no hetan tata husi bani. Tansa mak ha’u fahe bani been gostu sira ne’e ho o?” Depois nia la’o dook tiha. Ngede hirus loos! Nee la’ós maneira tratamentu ida ba nia! Maibé nia sei hatudu ninia vingansa.

Mas, Gingile apagou o fogo, pegou sua lança e começou a caminhar para casa, ignorando o pássaro. Ngede gritou enfurecido, “VIC-torr! VIC-torrr!” Gingile parou, olhou fixamente para o pássaro e riu alto. “Você quer um pouco de mel, quer, meu amigo? Ah! Mas fiz todo o trabalho e levei todas as ferroadas. Por que dividiria parte desse adorável mel com você?” Então foi embora. Ngede estava furioso! Isso não era maneira de ser tratado. Mas ele se vingaria.


Um dia, várias semanas depois, Gingile ouviu o chamado de mel do Ngede. Lembrou-se do delicioso mel e ansiosamente seguiu o pássaro mais uma vez. Depois de guiar Gingile ao longo da borda da floresta, Ngede parou para descansar em um grande guarda-chuva espinho. “Ahh,” pensou Gingile. “A colméia deve estar nessa árvore.” Ele rapidamente fez uma fogueirinha e começou a subir a árvore com a vara esfumaçada entre seus dentes. Ngede sentou e observou.

Loron ida depois semana hirak tuir mai Gingile rona tan Ngede ninia bolu hodi buka bani been. Nia hanoin hetan bani been delisiozu, no la’o tuir manu ne’e dala ida tan. Depois lidera Gingile la’o tuir ai-laran ninin, Ngede para atu deskansa iha ai-tarak ninia leten. “Ahh,” Gingile hanoin. “Bani knuuk tenke iha ai-hun ida ne’e.” Lalais nia halo ahi lakan natoon no komesa sa’e, tata hela ai-sanak rohan ne’ebé iha suar iha ninia nehan. Ngede tuur no haree.

Um dia, várias semanas depois, Gingile ouviu o chamado de mel do Ngede. Lembrou-se do delicioso mel e ansiosamente seguiu o pássaro mais uma vez. Depois de guiar Gingile ao longo da borda da floresta, Ngede parou para descansar em um grande guarda-chuva espinho. “Ahh,” pensou Gingile. “A colméia deve estar nessa árvore.” Ele rapidamente fez uma fogueirinha e começou a subir a árvore com a vara esfumaçada entre seus dentes. Ngede sentou e observou.


Gingile escalou, imaginando por que não tinha ouvido o habitual zumbido. “Talvez a colméia esteja no fundo da árvore,” pensou. Ele subiu mais um galho. Mas ao invés de uma colméia, ele estava olhando para um leopardo! O leopardo estava muito zangado por ter tido seu sono indelicadamente interrompido. Ele estreitou os olhos, abriu a boca e mostrou seus grandes e afiados dentes.

Gingile sa’e no hanoin tansá nia la rona lian hanesan baibain. “Talvez bani knuuk iha hela ai ninia laran,” nia hanoin de’it ba ninia aan. Nia dada sa’e ninia aan ba ai-sanak seluk. Maibé envez ke hetan bani knuuk, nia hateke loos kedas ba leopardu ida ninia oin! Leopardu hirus tebes tamba ninia toba hetan interrompe. Nia hakloot ninia matan sira, loke ninia ibun hodi hatudu ninia nehan sira ne’ebé boot no kroat.

Gingile escalou, imaginando por que não tinha ouvido o habitual zumbido. “Talvez a colméia esteja no fundo da árvore,” pensou. Ele subiu mais um galho. Mas ao invés de uma colméia, ele estava olhando para um leopardo! O leopardo estava muito zangado por ter tido seu sono indelicadamente interrompido. Ele estreitou os olhos, abriu a boca e mostrou seus grandes e afiados dentes.


Antes que o leopardo pudesse dar um golpe, Gingile desceu da árvore correndo. Na pressa ele não viu um galho e aterrizou com um baque forte e torceu seu tornozelo. Afastou-se o mais rápido que pôde. Com sorte, o leopardo estava ainda muito sonolento para perseguí-lo. Ngede, o pássaro-de-mel, teve a sua vingança e Gingile aprendeu sua lição.

Molok Leopardu bele kamat Gingile, nia tun lalais husi aihun. Bainhira nia tuun derrepente, nia lakonsege sama ai-sanak ida no monu tuun no nia monu ba rai ne’ebé halo ninia tornozelu naksalak. Nia la’o kudek maka’as tuir nia bele. Sorte ba nia, Leopardu sei sente dukur atu duni tuir nia. Ngede, manu kuku, hetan ninia vingansa. No Gingile aprende ninia lisaun.

Antes que o leopardo pudesse dar um golpe, Gingile desceu da árvore correndo. Na pressa ele não viu um galho e aterrizou com um baque forte e torceu seu tornozelo. Afastou-se o mais rápido que pôde. Com sorte, o leopardo estava ainda muito sonolento para perseguí-lo. Ngede, o pássaro-de-mel, teve a sua vingança e Gingile aprendeu sua lição.


Assim, quando as crianças de Gingile ouvem a história de Ngede, elas têm respeito pelo passarinho. Sempre que colhem mel, deixam a maior parte do favo para o pássaro-de-mel.

Ho nune’e, bainhira Gingile ninia oan sira rona Ngede nia istória, sira iha respeitu ba manu ki’ik ne’e. Iha sa tempu de’it mak sira kua bani, sira asegura atu rai hela bani-isin boot ida ba manu Kuku!

Assim, quando as crianças de Gingile ouvem a história de Ngede, elas têm respeito pelo passarinho. Sempre que colhem mel, deixam a maior parte do favo para o pássaro-de-mel.


Written by: Zulu folktale
Illustrated by: Wiehan de Jager
Translated by: Priscilla Freitas de Oliveira
Read by: Alfredo Ferreira
Language: Portuguese
Level: Level 4
Source: The Honeyguide's revenge from African Storybook
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